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Devocional para Casais - Dia 6 - Criando filhos emocionalmente inteligentes

Leitura Bíblica: Josué 1:9 - Romanos 5:3-4 - Tiago 1:12 - Filipenses 4:12-13 - João 16:33

Dia 6 - Ajudando seu filho a desenvolver resiliência

Não sei se você já ouviu falar sobre resiliência? Resiliência é um termo que, na verdade, vem da física. É a capacidade, por exemplo, do ferro não perder sua essência mesmo quando colocado ao fogo. É o que faz o elástico se esticar ao máximo e, quando solto, voltar ao seu estado original. É o que possibilita uma vara envergar, mas não necessariamente quebrar, e voltar à sua posição ereta anterior, como acontece com a vara de um atleta de salto em altura. 

Resiliência, portanto, é um termo emprestado da física para a psicologia quando o assunto é não apenas sobreviver a situações difíceis na vida, mas aprender com elas. É não sucumbir às dificuldades da vida, apesar de sentir sentimentos naturais dolorosos em situações difíceis. É a capacidade de "voltarmos a nosso estado original", apesar de "envergarmos" em momentos dolorosos na vida.

Nossos filhos passarão por provações internas e externas. Terão que lidar com impulsos pecaminosos, e com perdas da vida. E, para serem resilientes, precisam aprender a passar por frustrações, a pedir ajuda, a falar sobre seus sentimentos, e terem uma atitude assertiva em vez de autopiedosa. Como fazer isso?

Aprender a passar por frustrações: ensinar os filhos a receber "nãos", não serve apenas para aprenderem a lidar com diversas frustrações que enfrentarão ainda na infância com seus amiguinhos e durante a vida toda, mas também para lutarem com suas próprias tendências pecaminosas e/ou oportunidades para o mal que certamente surgirão. Se os pais não ensinam seus filhos a saberem suportar uma frustração, provavelmente nunca aprenderão e conseguirão dizer "não" para desejos impróprios. 

Enquanto crianças (e mesmo bebês), podem aprender isto através de situações simples. Quando os pais não permitem que a criança "belisque" entre as refeições, a está ensinando não somente que existe hora para comer, mas também que ela não deve fazer tudo o que quer na hora em que quiser. Quando não cedem a um chororô em uma loja de brinquedos em um dia em que foi combinado não ganhar um novo brinquedo, permitem que a criança aprenda a lidar com o fato de não ter seu desejo dominando e sendo atendido o tempo todo. Tudo isso serve como um preparo que habilitará a criança a combater com êxito na luta contra o mal. 

Em situações de frustração para a criança, algumas maneiras de ajudá-la a lidar com este sentimento são:
1. Use um tom de voz firme, porém amorável ao negar algo para a criança. Lembre-se de ter respeito pelo que ela sente, por mais que venha acompanhado de choro.
2. Conforte a criança com um abraço ao mesmo tempo em que diz "não". Os "nãos" que recebemos de Deus são acompanhados pelo amor, e não por autoritarismo.
3. Caso a criança fique agressiva ao receber um não, aguarde ela se acalmar para conversar com ela. Segure-a firme e com amor e diga que esperará ela se acalmar para vocês conversarem e não permita que ela agrida você.

Pedir ajuda: não recrimine seu filho quando ele lhe pedir ajuda adequada. É claro que é saudável incentivarmos a autonomia de nossos filhos ao aprenderem a fazer coisas sozinhos, mas também é igualmente importante saberem que seus pedidos de ajuda não são sempre incômodos e inadequados, e que está tudo bem não conseguirem algo sozinhos e precisarem de ajuda. Na vida, eles precisarão também em certos momentos, e se tiverem aprendido que não é adequado pedir, tenderão a passar por dificuldades sozinhos.

Falar sobre sentimentos: quando observar seu filho triste, irritado, chateado, cansado, incentive-o a falar sobre o que está sentindo. Ajude-o a dar nome ao sentimento, e a desabafar sobre ele. Isso aumenta a consciência dele a respeito do que está sentindo e do que poderá fazer por isso que está sentindo, e o prepara para ser capaz de fazer o mesmo na fase adulta.

Atitude assertiva em vez de autopiedosa: mais importante do que sentir pena de si mesmo em momentos difíceis na vida, é pensar no que você fará por isso que aconteceu ou está acontecendo. Quando seu filho estiver passando por um problema, depois de "dar um colo", desfoque a atenção ao problema em si e ao quando isso pode tê-lo feito sofrer, e ajude-o a pensar em soluções. Isso o ajudará a ser assertivo e protagonista da própria vida, em vez de apenas expectador e vítima de si mesmo.

Este aprendizado fará parte do amadurecimento emocional e espiritual de suas crianças e eles estarão mais preparados para enfrentar o mal de fora e de dentro, com a ajuda de Deus. 

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By Psicologia em Casa

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